Gira-Disco

na Casa Mário de Andrade

 

 

Evento “Pequena História do Disco”, na Oficina Cultural Casa Mário de Andrade,  a partir da coleção de Gilberto Gonçalves (17 de dezembro de 2016)

A radialista Biancamaria Binazzi recebe colecionadores, músicos, djs, pesquisadores e interessados na música brasileira dos tempos de gramofone para audições de discos na Oficina Cultural Casa Mário de Andrade. Os encontros retomam  a cultura dos saraus, chás musicais e “discações” promovidos por Mário de Andrade em sua residência na Rua Lopes Chaves, na Barra Funda.

10.03.2017 – Música Fresca na vitrola de Marcelo Pretto – integrante dos grupos A Barca e Barbatuques , Marcelo Pretto está se preparando para lançar o seu primeiro disco solo, BOI, que propõe um olhar contemporâneo sobre o Bumba Boi. Entusiasta do legado de Mário de Andrade no campo da pesquisa sobre a música brasileira, e caçador incansável de sonoridades “estranhas”, no melhor sentido da palavra, Marcelo construiu ao longo da vida um precioso acervo particular de discos de 78 rpm, vinis e fitas K7 e mp3s com os mais diversificados gêneros musicais. No encontro do dia 10, ele escuta e conversa sobre modernidade e frescor nas emboladas de Raul Torres, Almirante e Jararaca, invenções tecnológicas de Caco Velho, gargalhadas sinfônicas de Eduardo das Neves, e Alberto Ribeiro fazendo poderosa crítica social.

24.06.2017 – Chorando na Vitrola, com Danilo Brito – O bandolinista paulistano visita a sala de estar da Casa do Mário com alguns discos que foram importantes na sua formação como músico e compositor. Entre 78 rpm e vinis, samba, seresta e choro, o artista mostra como a vitrola foi sua maior professora de música quando tinha menos de 4 anos de idade.

26.05.2017 – Escutando a Estrela: Dalva de Oliveira, participação Alaíde Costa – Sobrevôo sonoro peloso laririris e agudos infinitos cheios de sentimento nos discos em 78 rpm de Dalva de Oliveira. Tempo de dar sossego para as intrigas e dramas pessoais que rondaram a artista durante toda sua vida e deixar a música falar. A cantora Alaíde Costa preparou uma seleção musical e demonstrou que apesar de ter um estilo vocal diferente de Dalva, se inspirou no seu cantar  para aprender a “colocar a emoção na voz”.  Os discos são do acervo do Gilberto Inácio Gonçalves, e Claudevan Melo Melo completa a história com uma exposição exclusiva preciosos artigos de jornais, fotos e revistas.

29.04.2017 – Arquivo Confraria do Chiado, com Adilson Santos – Diretamente de Bebedouro-SP, o colecionador de discos Adilson Santos visita a Oficina Cultural Casa Mario de Andrade para mostrar algumas preciosidades de sua coleção. Desde 2009, o jovem pesquisador dirige a página Confraria do Chiado, no Facebook, que hoje reúne mais de 1500 usuários, entre colecionadores, pesquisadores, músicos e interessados pelo universo da música brasileira gravada em discos de 78 rotações entre 1902-1964.

10.12.2016 Música e Músicos Alagoanos em 78 rpm / Native Brazilian Music– O colecionador Claudevan Melo vai mostrar parte de sua extensa pesquisa sobre músicos de Alagoas, que inclui Augusto Calheiros (e também os raros discos dos Turunas da Mauriceia), Jararaca e Hekel Tavares. Na segunda parte do encontro, o pesquisador alagoano compartilha uma raridade de seu acervo: o disco Native Brazilian Music, gravado em 1940 a bordo no navio Uruguai sob a supervisão do maestro Leopold Stokowski. Lançado nos Estados Unidos pela Colúmbia no auge da Política da Boa Vizinhança, o álbum com 8 discos que nunca chegou ao Brasil registra sambas, temas de candomblé, choro, emboladas e cantigas indígenas em interpretações brilhantes de artistas como o alagoano Jararaca, Ratinho, Zé Espinguela, Pixinguinha, Donga, João da Bahiana, Zé da Zilda e Luiz Americano, além de Cartola em sua estreia como cantor com o coro da Mangueira, entre outros.

17.12.2016 Pequena história do disco em 78 rpm – Gilberto Gonçalves apresenta uma seleção musical de sua coleção que destaca momentos importantes da história dos discos em 78 rotações no país de 1902 até 1964. Dos cilindros de Thomas Edison ao nascimento da Bossa Nova, passando pelos primeiros lundus gravados por Bahiano e pelo choro de Pixinguinha e os Oito Batutas na Argentina, a discoteca de Gilberto mostra o desenvolvimento da nossa indústria fonográfica, suas tecnologias, gravadoras, selos e curiosidades.

Biancamaria Binazzi, radialista e produtora cultural, mestranda no Instituto de Estudos Brasileiros (IEB-USP), é uma das idealizadoras do projeto Goma-Laca (www.goma-laca.com), dedicado à pesquisa, difusão e criação a partir da música brasileira registrada nos antigos discos de 78 rotações. Especializada em rádio-documentários pela BBC Accademy, desde 2012 é roteirista e produtora do programa de rádio da Revista Pesquisa FAPESP veiculado na USP FM. Também atuou na Rádio Cultura FM, Cultura Brasil e Web Rádio do Centro Cultural São Paulo, desenvolvendo projetos especiais para a Discoteca Oneyda Alvarenga.

Oficina Cultural Casa de Mário de Andrade

Rua Lopes Chaves 546 Barra Funda – 15h – Grátis

 

Adilson Santos – Confraria do Chiado

 

Coleção Claudevan Melo

 

Coleção Gilberto Gonçalves

 

Marcelo Pretto no Gira-Disco

 

Ouvindo a Estrela Dalva